Não poucos críticos dos Santos dos Últimos Dias parecem acreditar que seria fácil produzir um livro como o Livro de Mórmon. Um crítico, por exemplo, alega que o Livro de Mórmon é "exatamente o que alguém esperaria da caneta imaginativa, mas sem instrução de um jovem rapaz como Joseph Smith". Outro crítico escreveu: "Que um jovem com uma imaginação fértil, pouco conhecimento bíblico, capacidade de leitura mediana e familiaridade com os debates teológicos do momento...pudesse produzir um livro como O Livro de Mórmon, não está fora de questão".
Os críticos estão corretos? Seria fácil para um rapaz imaginativo produzir um trabalho como O Livro de Mórmon? Se seria tão fácil, por que nenhum dos críticos tentou produzir algo similar? É significativo notar que o primeiro crítico está correto em dizer que Joseph não era instruído. Ele só tnha cerca de vinte e cinco anos quando traduziu o registro Nefita; ele tinha menos de três anos de educação formal, talvez não tivesse uma Bíblia e, de acordo com sua mãe, Joseph "nunca havia lido a Bíblia em sua vida" e "parecia muito menos inclinado a buscar os livros do que o resto de seus filhos". De acordo com Emma, sua esposa, quando Joseph começou a traduzir, ele não conseguia "nem escrever, nem ditar uma carta coerente e bem escrita, quem dirá...um livro como O Livro de Mórmon".
O Livro não somente incorpora profunda clareza doutrinária, mas também discute política, guerra, geografia, migrações e inclui vários sermões e uma variedade de eventos específicos e indivíduos distintos. Quando estimando que Joseph produziu três mil palavras de texto por dia, um crítico pontuou: "Já que sua produção não envolve a revisão e reescrita pela qual autores geralmente lustram sua cópia, o autor/tradutor seria retardado somente pela habilidade do secretário em escrever o que é ditado".
Esse ponto é uma peça crucial de evidência em favor do Livro de Mórmon - o manuscrito original não foi lustrado ou revistado por Joseph Smith. Emma, a esposa de Joseph, serviu como escrevente por parte do que era ditado. Ela lembrou que quando Joseph "parava por qualquer propósito, em qualquer momento que o fizesse, quando começava de novo, o fazia de onde parou sem qualquer hesitação". Emma e outras testemunhas também alegaram que Joseph não possua notas, manuscritos ou livros nos quais se apoiava durante a traduação. Como alguém poderia manter uma história fictícia (e até memso uma narrativa histórica) direta e consistente por quase seiscentas páginas sem esquecer pelo ou menos de alguns dos detalhes do que havia escrito anteriormente?
Se os críticos estão corretos, encontraríamos facilmente muitos erros na cronologia e na interconectividade entre os múltiplos eventos. Aqueles que de fato estudaram o Livro de Mórmon descobrem que este é um texto complexo e incrivelmente consistente. "O Livro de Mórmon", escreveu o Dr. Hugh Nibley, "é uma estrutura colossal. Mesmo que considerado puramente uma ficção, é de desempenho sem paralelo. Que outro volume poderia se aproximar na riqueza de detalhes e intrincada complexidade, dessa precisão factual combinada com simples e aberta lucidez? Qualquer Livro que escolhamos é débil por comparação...essa consisa e compacta história de milhares de anos é algo totalmente além do escopo da escrita criativa".
Nem por uma única vez, Nibley notou, "o autor do Livro de Mórmon se perde (como o estudante frequentemente o faz, movendo-se cuidadosamente de um labirinto para o outro com grande esforço), e nunca se contradiz. Ficaríamos felizes em descobrir qualquer outro com tal desempenho na história da literatura". A seguir, encontram-se alguns poucos exemplos da impressionante consistência do Livro de Mórmon.
Em Alma 36, Alma descreve a alegria que sentiu durante sua conversão e a compara com um momento da visão de Leí, onde ele viu "Deus sentado em seu trono, rodeado por inumeráveis multidões de anjos, na atitude de cantar e louvar a seu Deus." (Alma 36:22). Essas vinte e uma palavras em Alma 36 são citadas literalmente do registro de Néfi da visão de Leí em 1 Néfi 1:8 (que é 319 páginas antes, na primeira edição do Livro de Mórmon). Quantos leitores deste livro poderiam citar vinte e uma palavras da página anterior sem olhar?
Em 1 Néfi 19:11-12, Néfi registra a profecia do antigo profeta Zenos concernente a destruição que adviria sob os iníquos. Zenos listou dez calamidades incluindo relâmpagos, fogo, vapor de trevas, entre outros. As mesmas dez calamidades são mostradas como acontecidas em 3 Néfi 8:6-23 (quatrocentas e vinte páginas depois, na edição original), precedendo a visitação de Cristo.
Por último, em Mosias 2:13 o rei Benjamin lista cinco proibições legais : assasinato, pilhagem, adultério, roubo e qualquer forma de iniquidade. Essas mesmas e exatas cinco proibições são encontradas sete outras vezes no Livro de Mórmon, como parte da lei constituinte dos Nefitas.
*** Esse artigo é um extrato do livro "Sobre Fé e Razão: 80 Evidências Apoiando o Profeta Joseph Smith", escrito por Michael R. Ash e traduzido por Lukas Montenegro ***
Evidência #8 - Evidência de que O Livro de Mórmon Foi Ditado
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Referências
[1] Decker and Junt, "The God Makers", 111;
[2] Whalen, "The latter-day Saints in the Modern Day World", 40;
[3] Reprinted in "Early Mormon Documents", 1:296;
[4] Idem, 1:539;
[5] Whalen, "The latter-day Saints in the Modern Day World", 40;
[6] Reprinted in "Early Mormon Documents", 1:530;
[7] Idem, 1:539;
[8] Hugh Nibley, "The Book of Mormon: True or False?", O Profético Livro de Mórmon (Salt Lake Cir, UT: Deseret Book, 1967), 156-157.
[9] Hugh Nibley, "The Book of Mormon: True or False?", O Profético Livro de Mórmon (Salt Lake Cir, UT: Deseret Book, Provo: FARMS, 1989), 225.
[10] Esses exemplos são encontrados em "Textual Consistency", Reexplorando o Livro de Mórmon, 21-13;
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Evidências da autenticidade do chamado de Joseph Smith.
80 evidências da autenticidade do chamado de Joseph Smith.
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Dentre os vários pontos doutrinários em que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias se difere do Cristianismo tradicional, está o princípio de que Deus não falou a seus filhos unicamente por intermédio da Bíblia Sagrada.
Poucos assuntos relacionados à Igreja de Jesus cristo dos Santos dos Últimos Dias parecem atrair mais atenção, falta de compreensão e sensacionalismo midiático do que a primitiva prática do casamento plural no período subsequente à restauração do Evangelho.
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