7. Consistência Textual do Livro de Mórmon - Joseph Smith | Intérprete Nefita

7. Consistência Textual do Livro de Mórmon

80 evidências da autenticidade do chamado de Joseph Smith.


Por Lukas Montenegro 12 de Janeiro de 2020
7. Consistência Textual do Livro de Mórmon

Não poucos críticos dos Santos dos Últimos Dias parecem acreditar que seria fácil produzir um livro como o Livro de Mórmon. Um crítico, por exemplo, alega que o Livro de Mórmon é "exatamente o que alguém esperaria da caneta imaginativa, mas sem instrução de um jovem rapaz como Joseph Smith". Outro crítico escreveu: "Que um jovem com uma imaginação fértil, pouco conhecimento bíblico, capacidade de leitura mediana e familiaridade com os debates teológicos do momento...pudesse produzir um livro como O Livro de Mórmon, não está fora de questão".

Os críticos estão corretos? Seria fácil para um rapaz imaginativo produzir um trabalho como O Livro de Mórmon? Se seria tão fácil, por que nenhum dos críticos tentou produzir algo similar? É significativo notar que o primeiro crítico está correto em dizer que Joseph não era instruído. Ele só tnha cerca de vinte e cinco anos quando traduziu o registro Nefita; ele tinha menos de três anos de educação formal, talvez não tivesse uma Bíblia e, de acordo com sua mãe, Joseph "nunca havia lido a Bíblia em sua vida" e "parecia muito menos inclinado a buscar os livros do que o resto de seus filhos". De acordo com Emma, sua esposa, quando Joseph começou a traduzir, ele não conseguia "nem escrever, nem ditar uma carta coerente e bem escrita, quem dirá...um livro como O Livro de Mórmon".

O Livro não somente incorpora profunda clareza doutrinária, mas também discute política, guerra, geografia, migrações e inclui vários sermões e uma variedade de eventos específicos e indivíduos distintos. Quando estimando que Joseph produziu três mil palavras de texto por dia, um crítico pontuou: "Já que sua produção não envolve a revisão e reescrita pela qual autores geralmente lustram sua cópia, o autor/tradutor seria retardado somente pela habilidade do secretário em escrever o que é ditado".

Esse ponto é uma peça crucial de evidência em favor do Livro de Mórmon - o manuscrito original não foi lustrado ou revistado por Joseph Smith. Emma, a esposa de Joseph, serviu como escrevente por parte do que era ditado. Ela lembrou que quando Joseph "parava por qualquer propósito, em qualquer momento que o fizesse, quando começava de novo, o fazia de onde parou sem qualquer hesitação". Emma e outras testemunhas também alegaram que Joseph não possua notas, manuscritos ou livros nos quais se apoiava durante a traduação. Como alguém poderia manter uma história fictícia (e até memso uma narrativa histórica) direta e consistente por quase seiscentas páginas sem esquecer pelo ou menos de alguns dos detalhes do que havia escrito anteriormente?

Se os críticos estão corretos, encontraríamos facilmente muitos erros na cronologia e na interconectividade entre os múltiplos eventos. Aqueles que de fato estudaram o Livro de Mórmon descobrem que este é um texto complexo e incrivelmente consistente. "O Livro de Mórmon", escreveu o Dr. Hugh Nibley, "é uma estrutura colossal. Mesmo que considerado puramente uma ficção, é de desempenho sem paralelo. Que outro volume poderia se aproximar na riqueza de detalhes e intrincada complexidade, dessa precisão  factual combinada com simples e aberta lucidez? Qualquer Livro que escolhamos é débil por comparação...essa consisa e compacta história de milhares de anos é algo totalmente além do escopo da escrita criativa".

Nem por uma única vez, Nibley notou, "o autor do Livro de Mórmon se perde (como o estudante frequentemente o faz, movendo-se cuidadosamente de um labirinto para o outro com grande esforço), e nunca se contradiz. Ficaríamos felizes em descobrir qualquer outro com tal desempenho na história da literatura". A seguir, encontram-se alguns poucos exemplos da impressionante consistência do Livro de Mórmon.

Em Alma 36, Alma descreve a alegria que sentiu durante sua conversão e a compara com um momento da visão de Leí, onde ele viu "Deus sentado em seu trono, rodeado por inumeráveis multidões de anjos, na atitude de cantar e louvar a seu Deus." (Alma 36:22). Essas vinte e uma palavras em Alma 36 são citadas literalmente do registro de Néfi da visão de Leí em 1 Néfi 1:8 (que é 319 páginas antes, na primeira edição do Livro de Mórmon). Quantos leitores deste livro poderiam citar vinte e uma palavras da página anterior sem olhar?

Em 1 Néfi 19:11-12, Néfi registra a profecia do antigo profeta Zenos concernente a destruição que adviria sob os iníquos. Zenos listou dez calamidades incluindo relâmpagos, fogo, vapor de trevas, entre outros. As mesmas dez calamidades são mostradas como acontecidas em 3 Néfi 8:6-23 (quatrocentas e vinte páginas depois, na edição original), precedendo a visitação de Cristo.

Por último, em Mosias 2:13 o rei Benjamin lista cinco proibições legais : assasinato, pilhagem, adultério, roubo e qualquer forma de iniquidade. Essas mesmas e exatas cinco proibições são encontradas sete outras vezes no Livro de Mórmon, como parte da lei constituinte dos Nefitas.

*** Esse artigo é um extrato do livro "Sobre Fé e Razão: 80 Evidências Apoiando o Profeta Joseph Smith", escrito por Michael R. Ash e traduzido por Lukas Montenegro ***

Evidência #8 - Evidência de que O Livro de Mórmon Foi Ditado

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Referências

[1] Decker and Junt, "The God Makers", 111;
[2] Whalen, "The latter-day Saints in the Modern Day World", 40;
[3] Reprinted in "Early Mormon Documents", 1:296;
[4] Idem, 1:539;
[5] Whalen, "The latter-day Saints in the Modern Day World", 40;
[6] Reprinted in "Early Mormon Documents", 1:530;
[7] Idem, 1:539;
[8] Hugh Nibley, "The Book of Mormon: True or False?", O Profético Livro de Mórmon (Salt Lake Cir, UT: Deseret Book, 1967), 156-157.
[9] Hugh Nibley, "The Book of Mormon: True or False?", O Profético Livro de Mórmon (Salt Lake Cir, UT: Deseret Book, Provo: FARMS, 1989), 225.
[10] Esses exemplos são encontrados em "Textual Consistency", Reexplorando o Livro de Mórmon, 21-13;



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